domingo, fevereiro 25, 2007

Frescuras de Fevereiro

No final de Janeiro assistimos ao fim do Inverno mais quente dos últimos 50 anos em Rīga. As temperaturas baixaram, houve um ou outro nevão e o verdadeiro Inverno começou a fazer-se sentir.

Na altura em que me mudei para Rēznas iela de novo já tínhamos direito a manto branco e viam-se placas de gelo a flutuar no rio Daugava. Enfim, está fresquinho e tal, mas a malta aguenta. Uns meros 5 graus negativos não assustam ninguém, não é verdade?


I'm dreaming of a white Rēznas...


Resultado: dois botes afundados

Mas só para a gente aprender a não teimar, eis que chega o Inverno agreste. 20 graus negativos, às vezes 25, e um ventinho que constipa tornaram a última semana e meia num sério desafio. Ao fim de cerca de um minuto de mãos nuas ao vento, a sensibilidade na ponta dos dedos vai-se, para só regressar passado um bocado no quentinho. A cerveja congela nas garrafas em cerca dum quarto de hora. O rio está congelado, dá para atravessar a pé (Jesus, calhando, era nórdico) e vêem-se muitos pescadores a abrir um buraquinho no gelo e a aproveitar o tempo de qualidade longe das esposas.


Firme e hirto e branco


A garrafinha de vodka estava bem guardada

De algum modo, os patos continuam a dormir ao relento.
Não lhes invejo a sorte...


Apetece-me arroz de pato

Para sossegar as hostes, devo dizer que ainda não me caiu extremidade nenhuma, até porque dentro de portas costuma estar sempre quentinho... mas andar lá fora chega a ser levemente incómodo.

2 comentários:

Albi disse...

Tens de ver isto de um modo positivo.
Não precisamos de frigorifico, a cerveja fica geladinha num instante...

Anónimo disse...

Ja tive disso...
Aguenta, cao! Forma o caracter!