Tenho-me fartado de escrever, ultimamente. Em boa verdade, porque sempre achei que não actualizava isto com frequência. O certo é que, segundo os números disponíveis, mandei tantas postas em Janeiro e na primeira semana de Fevereiro como tinha mandado desde o início de Agosto até final de Dezembro. Ainda é muita prosa...
Por um lado, a esmagadora maioria de vós conhece-me como um contador de histórias (estórias), aborrecido na maior parte das ocasiões. É verídico. Por outro lado, manter um blog dá muito mais trabalho do que mandar umas postas numa mesa de café, com duas Supers e um pires de tremoços à frente. E se eu gosto de tremoços! Agora, se eu conto uma estória com uma Super e tremoços à frente, os meus interlocutores tendem a comentar (quando eu deixo) e a partilhar mais umas merdas no processo. Aqui é diferente, porque não é natural, ou pelo menos imediato. Aqui eu agradeço mesmo todo o comentário e todo o acrescento. Só assim me sinto um pouco mais em casa.
Isto para realçar os fundamentos do blog. Comunicação, óbvio. Afinal de contas estou longe de casa, longe das pessoas e das suas idiossincracias, longe das rotinas e dos habituais buracos na estrada. Esta é a minha forma de comunicar convosco. Eu sei que vós ledes (desde ontem que o blog tem um contador, só para confirmar as suspeitas), agora só preciso que comuniqueis comigo também. Cada vez que botais um bitaite, a distância encurta. E a distância ainda é grande.
Se não vos apetecer, também não obrigo ninguém, mas não quero ouvir um pio quando eu for constituir família na Alemanha.
E aqui vai a primeira admissão oficial:
Tenho saudades de casa.
Saudações!
Tiago Simões