quinta-feira, setembro 20, 2007

Um dia de merda...

Nem sei por onde começar... Na véspera, e encarregue de safar dois polacos um bocado perdidos a quem prometi estadia por uma noite, um jantar em minha casa resultou nuns quantos disparos de extintor dentro da sala, depois a partir da janela, por parte de um dos convidados, sem que isto implique que houvesse de facto um incêndio. Saí de casa, e quando voltei já outros dois extintores tinham sido usados pelo prédio fora, tanto nas escadas como nos elevadores. Acordo numa casa cheia de neve carbónica, que por sinal é difícil de limpar, pego em dois polacos e dou-lhes almoço na cantina, antes de começar a bater a cidade a pé em busca de alojamento definitivo para esses mesmos polacos. Ao fim da tarde, chego a casa e tenho dois agentes da PSP à paisana a perguntar pelos extintores. Enquanto espero por uma testemunha de todo o processo, faço conversa com os agentes, devolvo os extintores e deixo os polacos confusos. Resolvida a questão com a PSP, pego num extintor metafórico e ataco a base das chamas metafóricas com o senhorio - falta ainda lidar com o condomínio - cujo apartamento alugámos há menos de um mês. Nisto pego nos polacos e vou mudar um pneu totalmente vazio na minha carrinha. Depois de muita luta, conseguimos levantar a carrinha e soltar os parafusos, para descobrir de imediato que o pneu suplente é um pneu de Inverno. Ignorado esse pormenor, muda-se o pneu. Passamos ao quartel de bombeiros, onde ironicamente há muitos extintores e alguns polícias a ver o jogo do Sporting. O Sporting perde. Arrumo a minha tralha, oriento os polacos, pego na carrinha e vou carregar uma imensidão de tralha, fruto duma espécie de divórcio dum (ex)casal amigo, fico sem gás no isqueiro, pego na carrinha, viajo para Leiria. A meio da viagem, começa aquele zumbido incómodo e despropositado. Chego a Leiria tarde e a más horas, descarrego a carrinha, o meu telemóvel fica sem carga e eu reparo que o carregador ficou em Aveiro. O meu irmão tem o telemóvel desligado. Às 4 da matina, é o meu pai que me abre a porta. É tão tarde que não posso telefonar à esposa, com quem não falo há uma semana. Os meus pés cheiram terrivelmente mal.

Há dias de merda.

3 comentários:

Albi disse...

Pensa sempre que podia ser pior:

-Tinhas pneu pa trocar;
-Não foste preso;
-Não foste espulso do apartamento;
-Não foste tu que te divorcias-te;
-Não fumas, poupas os pulmões;

Vendo assim, até tiveste um dia porreirito :p

Quanto ao Sporting, pensa sempre que o C.R. já jogou aí :p

Anónimo disse...

Nao ha respeito por mim!!

Anónimo disse...

Nao pude deixar de soltar umas gargalhadas quando o Tiago me contou a história dos extintores!

Mas esses amigos... só bem regadinhos com gasolina!

Abraço