Frescuras de Fevereiro
No final de Janeiro assistimos ao fim do Inverno mais quente dos últimos 50 anos em Rīga. As temperaturas baixaram, houve um ou outro nevão e o verdadeiro Inverno começou a fazer-se sentir.
Na altura em que me mudei para Rēznas iela de novo já tínhamos direito a manto branco e viam-se placas de gelo a flutuar no rio Daugava. Enfim, está fresquinho e tal, mas a malta aguenta. Uns meros 5 graus negativos não assustam ninguém, não é verdade?
I'm dreaming of a white Rēznas...
Resultado: dois botes afundados
Mas só para a gente aprender a não teimar, eis que chega o Inverno agreste. 20 graus negativos, às vezes 25, e um ventinho que constipa tornaram a última semana e meia num sério desafio. Ao fim de cerca de um minuto de mãos nuas ao vento, a sensibilidade na ponta dos dedos vai-se, para só regressar passado um bocado no quentinho. A cerveja congela nas garrafas em cerca dum quarto de hora. O rio está congelado, dá para atravessar a pé (Jesus, calhando, era nórdico) e vêem-se muitos pescadores a abrir um buraquinho no gelo e a aproveitar o tempo de qualidade longe das esposas.
Firme e hirto e branco
A garrafinha de vodka estava bem guardada
De algum modo, os patos continuam a dormir ao relento.
Não lhes invejo a sorte...
Apetece-me arroz de pato
Para sossegar as hostes, devo dizer que ainda não me caiu extremidade nenhuma, até porque dentro de portas costuma estar sempre quentinho... mas andar lá fora chega a ser levemente incómodo.
2 comentários:
Tens de ver isto de um modo positivo.
Não precisamos de frigorifico, a cerveja fica geladinha num instante...
Ja tive disso...
Aguenta, cao! Forma o caracter!
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